Ao ser abordado, com inúmeras interrogações, João dá testemunho de Jesus colocando-se com humildade na condição de servo. Em nenhum momento destronou o Absoluto, mas rendeu a Ele todo louvor e glória. Com humildade, bravura e zelo, assumiu a condição de precursor do Messias, atraindo multidões para o coração de Deus.
João declarou: “eu sou a voz que grita no deserto: Aplainai o caminho do Senhor”. O deserto é a simbólica do vazio existencial, da falta de sentido na vida. O povo andava desanimado e o cansaço parecia vencer. As forças diminuídas enfraqueceram os sonhos. Fazia-se urgente irromper a esperança e a alegria de viver.
A voz de João declara: “eu não sou o Messias”. E prossegue trazendo a boa notícia ao coração do povo: “no meio de vós está aquele que vós não conheceis, e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias”.
A forma de João ser no mundo provocava movimentos belos ao coração. Aos poucos os sonhos ganharam cor e por isso a pressa pelo Messias prometido. João soube reconhecer no nascimento de Jesus o amor de Deus Pai por nós. E o mostrou ao mundo com propriedade de quem se plantou no coração de Deus.
Que este ano de 2019 sejamos, a exemplo de João, homens e mulheres de fé e de humildade. Sobretudo sejamos pessoas sensíveis as queixas do próximo e causadores de paz e alegria na vida daqueles que convivem conosco. Assim seja. Amém.
Missionário redentorista, padre Celso Vieira da Cruz