O Evangelho de hoje mostra os dois principais serviços de Jesus:
a pregação da Palavra e a cura dos doentes e aflitos. Depois de uma pregação, Jesus foi para a casa de Pedro e se encontrou com uma doente. A sogra de Pedro sofreu de uma febre alta, ficou acamada sem forças. Jesus com carinho segurou sua mão e a febre desapareceu na hora. E de acamada, a sogra levantou com alegria para servir aos convidados. A cura sempre nos leva a cuidar dos outros.

Mais tarde, levaram todos os doentes para que Jesus pudesse curá-los. Sem dúvida, a grande maioria eram pobres sem recursos e condenados somente a sofrer, mas Jesus teve compaixão deles e os curou com carinho. Então Jesus  procurou um lugar deserto, ficou sozinho para rezar e estar em profunda comunhão com seu Pai e com o Espírito Santo. Sim, Jesus precisou rezar como nós. Precisou discernir o que seu Pai quis Dele porque, como Cristo mesmo disse, “vim para fazer a vontade do Pai”. De repente, chegaram os apóstolos dizendo que todos estavam o procurando e por isso Ele deveria voltar àquela cidade. Mas Jesus descobriu em sua oração que o Pai quis outra missão Dele. “Vamos para outros lugares – devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”. Então vimos Cristo exercendo vários serviços. Pregação da palavra nas sinagogas e no templo foi seu apostolado principal, e o conteúdo de sua pregação foi para purificar a imagem terrível que os sacerdotes e fariseus fizeram de seu Pai. Eles pregaram um Deus severo, castigador, sem misericórdia e que somente os mais perfeitos na observância da lei serão salvos, excluindo a grande maioria da salvação.

Mas Jesus apresentou Deus como um “Pai” apaixonado por todos os seus filhos e que quis a salvação de todos, sejam eles santos ou pecadores. Um Pai misericordioso e que perdoa. Seu segundo apostolado foi a cura de muitos mudando a ideia de que a doença foi um castigo de Deus devido aos pecados deles. Cristo veio para ensinar que Deus sofre junto com os doentes e quer aliviar seus sofrimentos. Que Maria nos ajude a acolher os ensinamentos de Jesus sobre seu Pai amoroso e que na doença possamos sentir a presença consoladora de Jesus bem perto de nós. Mãe do Perpetuo Socorro, rogai por nós.

Missionário redentorista, padre Lourenço Kearns

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