Amados irmãos e irmãs: o Evangelho nos mostra na parábola dos trabalhadores da vinha que os trabalhadores somos nós e a vinha, o Reino de Deus. A mensagem principal é a gratuidade de amor do Pai, que convida e dá a todos o mesmo e justo salário. Para esse Pai bondoso, todos merecem o mesmo: pobres, analfabetos, prostitutas, cobradores de impostos…todos podem voltar-se a Deus a qualquer momento, que serão acolhidos amorosamente.
Os empregados que reclamam dessa lógica de Deus não se alegraram com a aceitação dos excluídos: são como pessoas que hoje em dia se julgam mais santos, mais espiritualizados, mais envolvidos com o Reino de Deus. São como algumas lideranças na Igreja que fazem das pastorais espaços para conseguir benefícios pessoais, que olham com desconfiança para os novos participantes que chegam, julgando dignos somente aqueles que já estão há tempos trabalhando na vinha.
Esse é um sentimento que não combina com quem se deixou tocar pelo amor de Jesus, que aponta o remédio nessa parábola: é necessário purificar o coração, eliminar qualquer julgamento, deixando de lado todo e qualquer desejo egoísta, entendendo assim o sentido de “graça”: Deus nos ama e esse amor é gratuito, ainda que não o mereçamos.
Bem aventurado é aquele que atende ao chamado do Senhor logo cedo na sua vida, pois usufruirá de seu amor durante toda sua existência. No entanto, a salvação é a recompensa que ele promete a todos que acolhem o Reino, com qualquer idade, e até na hora da nossa morte temos a chance de ganhar o prêmio da vida eterna.
Que Maria nos ensine que não importa se somos primeiros ou últimos, importa estarmos dentro do rebanho de Cristo.
Mãe do Perpétuo Socorro, Rogai por nós.
Diácono Edilson da Costa